segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

8760 horas de Sorrisos

O fim de tarde era sombrio, e de tão sombrio a mente encarava já com noite. Caminhava entre as sombras da cidade, querendo chegar á meta (será que ela existia?!). De quando em vez, arrepiava-me, e com esse arrepio vinha uma recordação. A tristeza que se sente quando alguem de quem gostamos não está - a tão Portuguesa Saudade - faz-me fazer um flash-back deste ultimo ano, mas depressa carrego na "pausa". Para que isto serve?! O que vai mudar no passado?! O que o presente altera?!
Talvez so no futuro tenhamos a resposta. Só no futuro saberei como foi o passado - as consequencias que ele tem -, mas sei, porque o estou a viver, que o presente é agora. Estou a sorrir, talvez o presente não
 seja tão mau como as lagrimas já vertidas faziam parecer.

Não como passas, não gosto! Desejos peço-os quando vejo uma estrela, ou quando me apetece. Quando for meia-noite, não me devo lembrar de pedir os 12 desejos, mas vou saborear cada momento das 12 badaladas, como espero saborear cada um dos 12 meses, das 52 semanas, dos 365 dias deste novo ano, com  o unico desejo: o de quando pensar em 2010 como "ano velho", ter a certeza que vivi o que havia para viver, que não deixei nada por dizer, nenhuma opurtunidade escapar... Então, terei a certeza de qual foi a meta. Mas isso contará para alguma coisa?

FELIZ ANO 2010 :)
De profundis


Encontro, algures na minha natureza, alguma coisa que me diz que não há nada no mundo que seja desprovido de sentido, e muito menos o sofrimento. Essa qualquer coisa, escondida no mais fundo de mim, como um tesouro num campo, é a humildade. É a última coisa que me resta, e a melhor (…). Ela veio-me de dentro de mim mesmo e sei que veio no bom momento. Não teria podido vir mais cedo nem mais tarde. Se alguém me tivesse falada dela, tê-la-ia rejeitado. Se ma tivessem oferecido, tê-la-ia rejeitado (…). É a única coisa que contém os elementos da vida, de uma vida nova (…). Entre todas as coisas ela é a mais estranha (…). É somente quando perdemos todas as coisas que sabemos que a possuímos.

(Oscar Wilde, in “De Profundis”)

domingo, 27 de dezembro de 2009

"A festa da Vida"

Que venha o sol o vinho e as flores

Marés, canções de todas as cores
Guerras esquecidas por amores;

Que venham já trazendo abraços
Vistam sorrisos de palhaços
Esqueçam tristezas e cansaços;

Que tragam todos os festejos
E ninguém se esqueça de beijos
Que tragam pendas de alegria
E a festa dure até ser dia;
Que não se privem nas despesas
Afastem todas as tristezas
Pão vinho e rosas sobre as mesas;
Que tragam cobertores ou mantas
E o vinho escorra p'las gargantas
E a festa dure até às tantas;
Que venham todos de vontade
Sem se lembrarem de saudade
Venham os novos e os velhos
Mas que nenhum me dê conselhos!
Que venham todos de vontade
Sem se lembrarem de saudade
Venham os novos e os velhos
Mas que nenhum me dê conselhos!

José Niza

domingo, 13 de dezembro de 2009

Marionete

"Se, por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marionete de trapo e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas, certamente, pensaria tudo o que digo.
Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam.
Dormiria pouco, sonharia mais, pois sei que a cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz.
Andaria quando os demais parassem, acordaria quando os outros dormem.
Escutaria quando os outros falassem e gozaria um bom sorvete de chocolate.
Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida, vestiria simplesmente, me jogaria de bruços no solo, deixando a descoberto não apenas meu corpo, como minha alma.
Deus meu, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre o gelo e esperaria que o sol saísse.
Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre estrelas um poema de Mário Benedetti e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à Lua.
Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos espinhos e o encarnado beijo de suas pétalas.
Deus meu, se eu tivesse um pedaço de vida... Não deixaria passar um só dia sem dizer às gentes - te amo, te amo.
Convenceria cada mulher e cada homem que são os meus favoritos e viveria enamorado do amor.
Aos homens, lhes provaria como estão enganados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de se apaixonar.
A uma criança, lhe daria asas, mas deixaria que aprendesse a voar sozinha. Aos velhos ensinaria que a morte não chega com a velhice, mas com o esquecimento.
Tantas coisas aprendi com vocês, os homens... Aprendi que todo mundo quer viver no cimo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpa.
Aprendi que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão pela primeira vez o dedo de seu pai, o tem prisioneiro para sempre.
Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se.
São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas, finalmente, não poderão servir muito porque quando me olharem dentro dessa maleta, infelizmente estarei morrendo."

(supostamente escrito por Gabriel García Marquez, quando se tornou público que este teria uma doença terminal. O escritor desmente tal autoria. Mas o texto continua a ser digno de aplausos!)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Isto:

Sem recantos.
É assim que vejo este cantinho virtual. Aqui tudo é direito, plano...Aqui tudo é mais do que o ecrã do computador, aqui as palavras matamorfam-se e ganham forma. Viajam, cantam, riem, falam coisas sem sentido, e até conta o que outros disseram.
Sem preconceitos.
Sem duplos sentidos ou verdades escondidas.
Porque a piada da coisa (este jeito esquesito de brincar com palavras e divagar sabe-se la por onde) está em que, sem cantos podemos ir aonde quisermos, como que de uma volta ao mundo se tratasse. Chegamos ao ponto de partida, mas lá há sempre um outro inicio.
E cada um vai para onde quer. Cada um ao ler intrepreta o que a sua imaginação deixa, encanta-se por coisas que o fantastico que habita e cada um permite.
Porque cada um tem uma intrepretação...diferente!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Ainda a Respeito de Sorrisos...

"Sorriso, diz-me aqui o dicionário, é o acto de sorrir. E sorrir é rir sem fazer ruído e executando contracção muscular da boca e dos olhos.O sorriso, meus amigos, é muito mais do que estas pobres definições, e eu pasmo ao imaginar o autor do dicionário no acto de escrever o seu verbete, assim a frio, como se nunca tivesse sorrido na vida. Por aqui se vê até que ponto o que as pessoas fazem pode diferir do que dizem. Caio em completo devaneio e ponho-me a sonhar um dicionário que desse precisamente, exactamente, o sentido das palavras e transformasse em fio-de-prumo a rede em que, na prática de todos os dias, elas nos envolvem.
Não há dois sorrisos iguais. Temos o sorriso de troça, o sorriso superior e o seu contrário humilde, o de ternura, o de cepticismo, o amargo e o irónico, o sorriso de esperança, o de condescendência, o deslumbrado, o de embaraço, e (por que não?) o de quem morre. E há muitos mais. Mas nenhum deles é o Sorriso.
O Sorriso (este, com maiúsculas) vem sempre de longe. É a manifestação de uma sabedoria profunda, não tem nada que ver com as contracções musculares e não cabe numa definição de dicionário. Principia por um leve mover de rosto, às vezes hesitante, por um frémito interior que nasce nas mais secretas camadas do ser. Se move músculos é porque não tem outra maneira de exprimir-se. Mas não terá? Não conhecemos nós sorrisos que são rápidos clarões, como esse brilho súbito e inexplicável que soltam os peixes nas águas fundas? Quando a luz do sol passa sobre os campos ao sabor do vento e da nuvem, que foi que na terra se moveu? E contudo era um sorriso"
José Saramago.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Espelho da Alma

Sorriso.
A expressão sincera do espirito. Espelho de almas e de corações. Fonte de intrepretações de humores, amores, felicidades e ambiguidades.
Pode ser fútil ou genúino. Salta barreiras de todo tipo. Culturais - tudo o que o homem constrói - e naturais - tudo o que Alguém criou.
Sorrimos a um velhinho. E a uma criança. E a alguém que nos simpatiza e enche ego - quer ele seja mau ou bom!
Dá-nos Carisma. Faz de uma simples contracção muscular um Cartão de visita.
É o elo da primeira impressão com a impressão final.
Pode fazer a diferença infinita entre o Sim e o Não.
Transforma um dia mau num dia bom.
O sorriso também segreda Obrigados, Agradecimentos, Pedidos de Desculpa, Súplicas. Sentimentos
O sorriso nasce das entranhas do ser. Percorre cada recordação, cada memória, cada célula do nosso corpo e da nossa alma.
E brota no rosto, sempre com segredo diferente para contar, com um silêncio energético e vibrante, que muda cada instante da nossa vida.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Réponse

Pensei, ao escrever este titulo, em falar da querida professora de Françês que tive ao longo do 3º ciclo. O seu amor e dedicação ao ensino dariam muito "pano para mangas"..
Mas não é disso que vou falar. Réponse é a palavra-mãe da portuguesa "responsabilidade". E significa resposta. Responsabilidade é o acto de responder perante uma situação, uma ocasião. E por defeito, associamos a falta de responsabilidade a "coisas más". Mas também pode ser "coisas boas".
É falta de responsabilidade não assumir uma opinião. Não encarar uma situação. Fazer uma "coisa boa", mas sem ser com o coração. Dizer aquilo que não se sente.
Falta de responsabilidade é isto. Por causa daquilo. Por causa de nós.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

REconhecer o país..

"Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade mundial de recém-nascidos, melhor que a média da UE. Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial em tecnologia de transformadores. Eu conheço um país que é líder mundial na produção de feltros para chapéus.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende no exterior para dezenas de mercados.
Eu conheço um país que tem uma empresa que concebeu um sistema pelo qual você pode escolher, no seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventou um sistema
biométrico de pagamento nas bombas de gasolina.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventou uma bilha de gás muito leve que já ganhou prémios internacionais.
Eu conheço um país que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, permitindo operações inexistentes na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos. Eu conheço um país que revolucionou o sistema financeiro e tem três Bancos nos cinco primeiros da Europa.
Eu conheço um país que está muito avançado na investigação e produção de energia através das ondas do mar e do vento.
Eu conheço um país que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os toda a EU.
Eu conheço um país que desenvolveu sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos às PMES.
Eu conheço um país que tem diversas empresas a trabalhar para a NASA e a Agência Espacial Europeia.
Eu conheço um país que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas.
Eu conheço um país que inventou e produz um medicamento anti-epiléptico para o mercado mundial.
Eu conheço um país que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça.
Eu conheço um país que produz um vinho que em duas provas ibéricas superou vários dos melhores vinhos espanhóis.
Eu conheço um país que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamento de pré-pagos para telemóveis.
Eu conheço um país que construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade pelo Mundo.
O leitor, possivelmente, não reconheceu neste país aquele em que vive...
PORTUGAL
Mas é verdade.Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.
Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Out Systems, WeDo, Quinta do Monte d'Oiro, Brisa Space Services, Bial, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Portugal Telecom Inovação, Grupos Vila Galé, Amorim, Pestana, Porto Bay e BES Turismo.
Há ainda grandes empresas multinacionais instalada no País, mas dirigidas por portugueses, com técnicos portugueses, de reconhecido sucesso junto das casas mãe,como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal e a Mc Donalds (que desenvolveu e aperfeiçoou em Portugal um sistema que permite quantificar as refeições e tipo que são vendidas em cada e todos os estabelecimentos da cadeia em todo o mundo ) .
É este o País de sucesso em que também vivemos, estatisticamente sempre na cauda da Europa, com péssimos índices na educação, e gravíssimos problemas no ambiente e na saúde... do que se atrasou em relação à média UE...etc.
Mas só falamos do País que está mal, daquele que não acompanhou o progresso.
É tempo de mostrarmos ao mundo os nossos sucessos e nos orgulharmos disso."

Acabou o artigo. Porque é que esses técnicos e gestores tão bons não estão no governo?

Nicolau Santos, Director - adjunto do Jornal Expresso, In Revista "Exportar

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Historicar


imagem retirada de:animo30.wordpress.com

"Era uma vez...um menino...e uma menina...que eram muito amigos..."

E a seguir? Um sem número de possibilidades! Um leque enorme de verbos, adjectivos, pronomes...uma alargada gama de classes gramaticais, regras lexicais e formais.

E como para qualquer texto, é necessário imaginação e audácia. Perspicácia. Sentido de oportunidade, para não deixar escapar a oportunidade, quiçá única, de mudar o rumo da história.
E deixamo-nos levar pelas palavras, provenientes do mais íntimo lugar da nossa mente, do nosso coração. Deixar as palavras fluir e brincar com elas. Não saber a receita, mas mesmo assim chegar ao resultado final.
Sorrir, pensar em silencio e com a música da voz.
E sem dar conta, fazer o fim, do princípio (seja ele qual for!) da história.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."
Clarice Lispector

domingo, 22 de novembro de 2009

Os erros que o acaso faz...

Considerar a Humanidade como um erro, Roger-Pol Droit, 101 Expériences de Philosophie
Quotidienne, Éditions Odile Jacob, Paris, 2001, pp.
151-152.:


«Tantas vezes nos disseram que éramos excepcionais! Centro do mundo, filhos de Deus, consciência do Todo, sal da terra, inteligência, seres falantes, espírito das ciências, vector do progresso. A nossa existência foi tão festejada por tantos mitos, religiões, filosofias, discursos complacentes, que não compreendemos os nossos desaires, as nossas baixezas, as nossas guerras intermináveis e infâmias sem nome. Houve, é claro, soluções de recurso explicando a nossa queda, a nossa maldição e a nossa dupla face. Podem experimentar uma desilusão mais radical, mas sem dúvida mais benéfica. Desfaçam-se de tudo o que possa constituir um qualquer sentido para a nossa existência. Considerem que a humanidade é um acaso, uma falha, um acidente biológico. Desenvolveu-se desordenadamente sobre uma rocha perdida num canto infinitesimal. Um dia, desaparecerá para sempre sem que ninguém dela guardememória, sem que ninguém se preocupe. Ao longo de dezenas de milhares de anos em que terá sobrevivido, esta curiosa espécie terá estagnado interminavelmente. Depois, ter-se-á multiplicado imprudentemente saqueando o seu mundo. Terá também acumulado, antes de desaparecer, uma quantidade de sofrimentos inimagináveis e inúteis, de massacres e fomes, de servidões e opressões. Observem lucidamente esta espécie absurda e violenta. Olhem no rosto a sua ausência de justificação, a sua existência efémera e insensata. Exercitem-se a amadurecer a ideia de que a humanidade não tem razão de ser nem futuro. Isto deverá contribuir para vos tornar serenos. É que, sobre este fundo de sem sentido e de horror, o estilhaçar de todos os sublimesvibra com uma graça sem igual. As músicas perfeitas, os quadros inesquecíveis, a glória das basílicas, as lágrimas dos poemas, o riso dos amantes…Tantas derivas do erro. Tantas surpresas inomináveis.»

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Pontos

Temos dias..e dias!
Dias bons que são compensados com noites de pesadelos, de um "dorme-acorda" infindável. De exaltações e sobressaltos incompreensiveis, indecifráveis.
Noites que nunca acabam, que nunca terminam..nem com o sol brilhante de uma manhã nublada, nem com uma brisa gélida que nos toca os ossos ao sair de casa.
Impossível de comprender. De combater. Abrimos os olhos e fechamos. Piscamo-los uma infinidade de vezes. Quase nos beliscamos e andamos aos tropeções pelo dia fora... Sentamos e levantamos "o rabo das cadeiras e dos bancos" sem darmos conta. Participamos em conversas banais sem saber que dizemos. Instintivamente, olhamos as horas, olhamos à nossa volta. E tudo parece harmonico. Amigos conversam. Amigos divertem-se. Amigos são mais que amigos. Amigos nem sequer são amigos. E amigos começam a ser amigos, e deixam de ser amigos, e...
E paramos.
Pensamos o que é tudo.
Porque é tudo?
Qual o futuro amanhã? Porquê o hoje desta forma?
Como será tudo? Tal como no jogo, quais as diferenças?
Quais as consequências?
As causas? Os efeitos? Os preconceitos que surgiram e que vão surgir?
Até que ponto, pergunto, até que ponto os "outros" afectam o "nós", até que ponto há "outros", e até que ponto há "nós"?
Até que ponto a cabeça gira sozinha...
Até que ponto os pés saem do chão?

Até que ponto não aceitamos o ponto em que os pontos estão, e por causa desses pontos não conseguimos por um ponto que indique o ponto em que as coisas 'tão?

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

TEmpErAmENtos

"Paradoxo dos Gémeos, ou Paradoxo de Langevin, é um experimento mental envolvendo a dilatação temporal, uma das consequências da Relatividade restrita. Nele, um homem que faz uma viagem ao espaço numa nave de grande velocidade, voltará em casa mais novo que seu gémeo que ficou"
in "Wikipédia"
O tempo também é relativo para outras coisas... para o stress, se estamos nervosos o tempo não passa, não anda. Se precisamos de tempo, ele voa, e num instante está na hora de fazer outra coisa.
E depois há situações em que o tempo pára. E que tudo à nossa volta se torna "nada". Não sentimos frio nem calor, e se trememos a causa não é climática. E por mais tempo que passe, parece sempre pouco, muito pouco...
Tempos que parecem eternos. Que são seguidos de longas e demoradas passagens de tempo.
Tempo que é eterno pela rasão inversa daquele tempo que não passa.
Eterno. Por tudo, e Eterno, por nada... O que já não é pouco!

sábado, 7 de novembro de 2009

Perguntas&Respostas

Incessantemente, procuramos respostas.

Coisas concretas.
Indicações do caminho certo a tomar.
Quando em vez de respostas nos surgem mais perguntas e duvidas, as coisas complicam.
A cabeça bloqueia, um turbilhão de emoções impedem de pensar. É necessário chegar a um ponto onde a única solução são mesmo as respostas.
E partimos em busca delas.
Deixamos de querer saber se é ou não justo sabe-las. Deixamos de pensar se temos ou não o direito de as fazer e de saber a sua resposta.
E seja qual for o resultado, quer existam ou não respostas, voltamos a conseguir pensar.
E então lutamos.
Dê no que der.
Haja o que houver!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

"Sei que a liberdade tem um preço alto. Tão alto quanto o preço da escravidão; a única diferença é  que se paga com prazer e com um sorriso, mesmo quando é um sorriso manchado de lágrimas"


Paulo Coelho, in "O Zahír"

domingo, 1 de novembro de 2009

Miragem

Exactamente como um espelho...só quem está ao lado é que percebe a magia. Para quem está à frente, nada tem de belo olhar para o vazio. Mas sabemos que o infinito cheio está de grandes coisas.
E o espelho, só fica completo com a outra metade.
Passa-se assim com tudo.

E esticamos o braço para alcançar aquilo que está ao lado, mas em vez de procurarmos de olhos fechados, só com o coração, sem haver preocupações com mais nada, procuramos com os olhos abertos, e deixamos-se iludir por palavras ocas, tornadas banais, por serem ditas de olhos abertos para o espelho.
São os olhares o alimento de tudo. Fazem a conecção entre o interior e o exterior do espelho. São olhares repletos de tanta coisa...coisas indecifráveis, mágicas...
E depois vem um arrepio.
E pensamos.
Talvez chegue a altura de abrir os olhos, fechando-os, e ouvir só o coração, sem pensarmos, e ouvir a razão e lógica, sem “palavras ocas”, que tudo modificam, trocam, deixando banalizado e maltratado, “o olhar” de cada um.

E a miragem ganha forma, molda-se, e transforma-se na mais pura das realidades.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Fado

Das palavras mais Portuguesas que há. Arrepia só de pensar. Fado. Destino. Saudade. Não há tradução possível. A nostalgia que assola um Português é unica de muitos pontos de vista.
Temos saudade do Verão e do calor.
Da infância.
De pessoas.
De músicas.
De momentos.
De tudo e mais alguma coisa.
E quando brincamos com uma criança, quando ouvios "aquela musica", quando temos  a mesma sencação que "nequele momento"...
E saudade também nos lembra despedida.
Algo a acabar, e algo a começar.
Ou simplesmente algo que gostavamos de ter sempre por perto, mas que por isto ou aquilo, não está.

Saudades...

sábado, 24 de outubro de 2009


"Incendeiam-me ainda os beijos que me não deste
E cegam-me ainda os acenos que me não fizeste
Da janela irreal onde o teu vulto é uma alucinação dos meus sentidos."



Miguel Torga

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Branca De Neve

Toda a gente conhece a história. Um clássico banal da Walt Disney, imaginada inicialmente pelos irmãos Grimm.
Os mesmo olhos podem ver a mesma coisa, e tirar uma... intrepretação diferente. Netos, e avós, ao verem   o filme tiram uma Moral refexo da vida que cada um deles leva, da visão que cada um deles tem do mundo.
A Branca de Neve pode ser a inocencia e o amor mais puro. A maçã, o Proibido, a bruxa, o mal, os anões a ingenuidade, e princípe, o plano imaginário projectado no real.
E tudo corre bem...
Até que a vida, com as suas artimanhas cruzadas dá um toque trágico ao conto infantil.
Branca de Neve, nunca chega a morrer, porque a vida com todo o seu toque malício nada consegue fazer à inocencia e ao amor mais puro se não adormece-la. E só as pesoas ingénuas acreditam que Branca de Neve morre."Coisa forte predura". E nem a situação mais proibida e ambigua que surgue impede a realização do que o destino já predestinou, nem o mal, detém o que não é palpável, o que só os sentidos detectam..
E só quando transpomos o que sentimos na realidade é que desperta de um sono provocado por uma malévola linha do destino.
E aí, o feitiço quebra-se!
"E viveram felizes para sempre..."

sábado, 17 de outubro de 2009

"ESTE VERÃO, QUERES SER SEREIA OU BALEIA?"

Há uns dias, numa cidade de França, um cartaz, com uma jovem espectacular, na montra de um ginásio, dizia: "ESTE VERÃO, QUERES SER SEREIA OU BALEIA?"
Dizem que uma mulher jovem-madura, cujas características físicas não interessam, respondeu à pergunta publicitária nestes termos:
"Estimados Senhores:
As baleias estão sempre rodeadas de amigos (golfinhos, leões-marinhos, humanos curiosos). Têm uma vida sexual muito activa, engravidam e têm baleiazinhas ternurentas, às quais amamentam.
Divertem-se à brava com os golfinhos, enchendo a barriga de camarões. Brincam e nadam, sulcando os mares, conhecendo lugares tão maravilhosos como a Patagónia, o mar de Barens ou os recifes de coral da Polinésia.
As baleias cantam muito bem e até gravam CD's. São impressionantes e practicamente não têm outros predadores além dos humanos. São queridas, defendidas e admiradas por quase toda a gente.
As sereias não existem. E, se existissem, fariam fila nas consultas dos psicanalistas, porque teríam um grave problema de personalidade,
"mulher ou peixe?".
Não têm vida sexual, porque matam os homens que delas se aproximam, além disso, por onde? Por isso, também não têm filhos. São bonitas, é verdade, mas solitárias e tristes. Além disso, quem quereria aproximar-se de uma rapariga que cheira a peixaria?
Para mim está claro, quero ser baleia.
P.S.: Nesta época em que os meios de comunicação nos metem na cabeça a ideia de que apenas as magras são bonitas, prefiro disfrutar de um gelado com os meus filhos, de um bom jantar com um homem que me faça vibrar, de um café e bolos com os meus amigos.
Com o tempo ganhamos peso, porque ao acumular tanta informação na cabeça, quando já não cabe, espalha-se pelo resto do corpo, por isso não estamos gordas, somos tremendamente cultas. A partir de hoje, quando vir o meu rabo no espelhos, pensarei, Meu Deus, que inteligente que sou..."

(enviado por e-mail)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Imortalidades

Vê-se uma luz. Quando fechamos a mão em torno dela, ela desaparece, e como que por magia brinca connosco á apanhada. Em poucos segundos estamos na infância de novo. As remotas lembranças das idas a casa da avó, os "flashback's" de momentos que ficarão para sempre... Já não são só fruto da nossa memória mas também da memória dos pais e da familia, que contam cada episódio como se tivesse acontecido ontem.
Ri-mos, embaraçados pela situação pela qual passamos, e achamos um certa "piada" á coisa.
Depois, mais tarde, é sozinhos que refectimos.
O quão bom era não fazer nada e chegar cansado ao fim do dia. Sonhar com borboletas e com fadas. Querer viver na "Terra do Nunca", ser amiga da Julieta, e limpar com a Branca de Neve a casinha dos 7 anões. Beber o leitinho em chávenas que falam pelos cotovelos, ter o "Hacunna Matata" como lema de vida, e a Barbie e o Nenuco como melhores amigos.
Ter tudo sem esforço, fechar os olhos e estar em lado nenhum. Ser e não ser a coisa mais doce do Mundo. Ter um sorriso por "nada". Brincávamos com as coisas mais simples, e nunca deixavamos nada por fazer!

"Não apanhavamos a luz." "Não!? Porquê?"

sábado, 10 de outubro de 2009

A VIDA É MUITO - CHARLIE CHAPLIN

Já perdoei erros quase imperdoáveis
Tentei substituir pessoas insubstituíveis
E esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
Já me decepcionei com pessoas
Quando nunca pensei me decepcionar
Mas também decepcionei alguém.
Já abracei para proteger,
Já dei risada quando não podia,
Fiz amigos eternos,
Amei e fui amado,
Mas também já fui rejeitado,
Fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
Já vivi de amor e fiz juras eternas,
"Quebrei a cara" muitas vezes!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
Já liguei só para escutar uma voz,
Me apaixonei por um sorriso,
Já pensei que fosse morrer de tanta saudade
E tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).
Mas vivi! E ainda vivo!
E você também não deveria passar.
Viva!!!
Bom mesmo é ir a luta com determinação,
Abraçar a vida e viver com paixão,
Perder com classe e vencer com ousadia,
Porque o mundo pertence a quem se atreve
E a vida é MUITO para ser insignificante.


(Só a colorido se pode ler, o que de mais colorido a vida tem)

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Memórias de passeios de Verão

As linguas,( mais uma vez falo delas) têm uma musicalidade própria... o Italiano em especial,  tem a musicalidade que mais "cócegas" faz, porque só de a ouvir ficamos com um sorriso na cara. Este poema é de Césare Pavese, natural de Santo Stefano Belbo, Itália ...Uma mistura de Presente com passado, dado-me a conhecer na Fundação Kulbenkian numa das suas maravilhosas iniciativas. "E se num jardim hovesse toldos de poemas a fazer sombras?!"


Desenraizados


Chega de mar. Já vimos mar que chegue.
Ao entardecer, quando deslavada a água se estende
e esfuma no nada, o meu amigo olha-a fixamente
e eu fixo o meu amigo e nenhum de nós fala.
Chegada a noite, acabamos por nos fechar nos fundos duma taberna,
perdidos no meio do fumo, e bebemos. O meu amigo tem sonhos
(o bramir do mar torna os sonhos um tanto monótonos)
em que a água é apenas o espelho, entre uma ilha e outra,
que reflecte colinas salpicadas de flores selvagens e cascatas.
Quando bebe, dá-lhe para isso. De olhos postos no copo,
vê-se a erguer colinas verdejantes sobre a planura do mar.
As colinas, a mim agradam-me; e deixo-o falar do mar
porque a água é tão clara que se vêem mesmo as pedras do fundo.
Eu, o que vejo é só colinas, e enchem-me o céu e a terra
com as linhas nítidas dos seus perfis, distantes ou próximas.
Mas as minhas são agrestes, estriadas de vinhedos
que crescem penosamente num solo calcinado. O meu amigo aceita-as
e quer vesti-las de flores e frutos selvagens
para nelas descobrir, entre risos, raparigas mais nuas que os frutos.
Não é preciso: aos meus sonhos mais agrestes não falta umsorriso.
Se amanhã, cedinho, nos metermos ao caminho,
poderemos encontrar nessas colinas, no meio das vinhas,
uma rapariga de pele morena, tisnada pelo sol,
e, talvez, metendo conversa, comer-lhe algumas uvas.

trabalhar cansa
trad.carlos leite
cotovia
1997



segunda-feira, 5 de outubro de 2009

E-mail

Há mail's que nos enviam por isto, ou por aquilo, e outros que nos enviam só por enviar. Destes útimos, instintivamente fazemos "delete" nos mais óbvios motivos de aborrecimento.  Se o titulo não é sujestivo, se não nos desperta à atenção..Lixo! Mas depois há outros... acordam o nosso insinto, fazem com que cliquemos na janelinha "Abrir", e que disfrutemos dos momentos de riso, melâncolia, felicidade ou qualquer outra coisa, seja o que for, e nos colocam numa outra dimensão, um tanto ou quanto fantástica...
E de olhos abertos vamos, sem sair do conforto do nosso lar, daqui até à China, a um museu, ao encontro de uma História "que fica na história da gente". Umas vezes o intuito é de chocar, outras de emocionar.
E também há vezes que fazemos "esc" antes da apresentação acabar, porque esta não captou em nós o "bichinho" necessário para continuar, seguir em frente.
É este, também, o Poder dos "MEDIA". Nem sempre convence. Nem sempre despeta a atenção necessária. Mas sempre chega até nós, quer queiramos, quer não..Porque tal como os amigos que nos enviam mail's, também os meios de comunicação social são essenciais na nossa vida!

Estamos no Século XXI, é inegável!!!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

"TEMPO QUE ME RESTA"

Cada pessoa tem estilo próprio. A partir de certa idade, o estilo começa a ser o do "deixar andar".
Para quê comprar uma tv nova, se esta chega para o tempo que me resta? Para quê sair de casa e conhecer sitios e pessoas novas, se estas que tenho chegam bem para o tempo que resta?
Com os meados do século XX, veio também um novo conceito. O conceito "qualidade de vida".
É por isso que, falte o tempo que faltar, vale sempre a pena.
Ontem ouvi da boca do meu avô "claro que quero ser (operado a vista esquerda, por esta estar parciamente cega, devido a cataratas), pior não fico, pois não?!". A probabilidade de tudo ficar na mesma era grande. Mas foi esta a resposta que ele deu.
Ontem disse que as luzes pareciam maiores. Hoje sorriu como há muito não o via sorrir quando perguntei como ia o olhar novo.
Ele está lucido, (para os que pensam que isto é conversa de velho senil!) e eu todos os dias aprendo mais qualquer coisinha com ele...
Se a lição de ontem foi "O medo não leva a lado nenhum"...
...a lição de hoje foi "Tudo vale a pena.."

sábado, 26 de setembro de 2009

Alegrias

Quando tudo parece contrariar o lógico e o  normal, quando a época é de apitos dourados e escandalos quem envolvem Governos dopings e falta de Fair Play, há alguma coisa que esta mal...
Mas, no fim de contas, dentro da minha Terra há um grande exemplo de tudo isto, do certo, do desportivismo  da união, humildade, honestidade, e da amizade.
Sentieiras.
Um pequeno Grande lugar, onde tudo é famila. Onde tudo se une pela mesma causa, pelo mesmo querer.
Pela Taça incup, por todo o percurso e pelos sorrisos que nos arrancaram ao longo desta vossa existencia,
OBRIGADA

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Invisualidades

Há dias dias de sorte, dias longos e compridos, e que passam rápido...Pensamentos que invadem a nossa mente por mil e um motivos, sem, no entanto nenhum deles nos serem claros aos olhos da mente. A verdade esconde-se pelas entranhas do cérebro e pela vontade que temos em não deixar transparecer o que de mais transparente é aos olhos do mais comum dos Mortais.
Com avanços e recuos, caminhamos.
Tombamos e caimos, mas não vacilamos!
Arregaçamos as mangas e seguimos em frente, Esquecemos as perguntas, as respostas, e pedimos só a verdade. Seja ela qual for..e mesmo que seja mentira. Se ela for adulterada, então é porque alguém assim o quis. Talvez não seja o justo, tal como não é o verdadeiro. Mas é o que alguém deseja. Se a verdade é a unica certeza de todas ao longo da vida, pode ser tarde demais quando se remedeia a mentira provocada pela Cegueira de quem não quer Ver.

E só aí, enchergamos direito...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Uns-com-os-outros

Já falei no inglês com língua universal, no entanto, esqueci-me de uma coisa muito importante...


Quando falamos lindamente uma língua (seja Inglês ou Chinês), isso de nada nos serve se não houver entre as pessoas que comunicam um feedback, uma comunicação extra linguagem, algum ”clique” ou empatia que nos faz ir ao encontro da pessoa, que nos faz ter confiança nela e prosseguir em frente com o discurso.
Há algo em nós que nos faz despertar a atenção das pessoas, pode ser os olhos, o sorriso, um gesto. Se não houver nada, mesmo que se fale optimamente bem o dialecto da pessoa (que até pode ser o mesmo!) nunca haverá nada mais que uma simples troca de palavras...

É por isso que por mais cultos que sejamos, o mais importante é termos um espirito aberto. Uma mente aberta. Porque nós somos seres uns-com-os-outros!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Espera

Esperamos que pare de chover.
Que se use os tons que gostamos.
Esperamos o sol e a lua.
Esperamos também a altura certa, o momento ideal e a melhor oportunidade.
Paramos para que o amigo chegue até nós, para que o carro pare, para que o sinal fique verde. Esperamos para que passe na rádio a musica que tanto adoramos ouvir.
Esperamos o verão para ir a praia, e o inverno para sentir o conforto do cachecol. Esperamos o natal para dar prendas, para ter pretextos para ligar aos amigos por “coisa nenhuma”. E esperamos o ano novo para fazermos planos para um novo ano, para pedirmos desejos pelos quais nunca nos vamos esforçar por realizar.
Esperamos pelo aniversário quando todos os dias fazemos “mais um dia” de vida.
Passamos a vida a esperar. Quando damos conta, ela acaba, e nós continuamos á espera...E reflectimos. E tentamos perceber o que correu mal. E não percebemos o que aconteceu. E nunca nos passa pela cabeça que esperámos demais. Que nada fizemos para “acontecer”. Nunca nos passa pela cabeça...até que, numa dessas “esperas” alguém nos toca “mais fundo”, nos desperta e faz “deixar de esperar”.
Vamos “ao encontro”. Começamos a “fazer por isso”. A lutar.
E então lutamos, rimos, choramos, damos as mãos e unimos os olhares, a olhar na mesma direcção.

sábado, 29 de agosto de 2009

(Quase) Um Mês Mais Tarde

Á dias saiu no jornal Público uma reportagem da jornalista Isabel Coutinho, que consistia em contar como era viver sem acesso a telemóvel, Internet, ou outro qualquer meio de comunicação, a não ser o telefone fixo e o computador sem a World Wide Web.

Li a reportagem, quando estava sem acesso a Internet à perto de 20 dias, (acabei por estar 25 sem aceder a qualquer tipo de computador, e com escassa comunicação por telemóvel).

Decidi ir um mês trabalhar para o Algarve, e deixei o PC de fora destas "andanças", sem hi5, blogue, msn... coisas que faziam parte da minha rotina, do meu quotidiano.´Pensar que a pouco mais de 50 anos essa era a realidade (foi a 50 anos que o telefone ficou mais acessível a todo o tipo de "públicos", através das cabines, dos telefones privados do senhor mais abastado da rua, ou do bairro, que muitas vezes fazia de moço de recados para os vizinhos).

Percebi e entendi coisas que antes não percebia...os Media apoderaram-se da vida de todos os que habitam no século XXI, de corpo e alma!

OS cliques diários faziam-me falta, mas de caneta e papel na mão, anotei várias ideias para "futuros posts".

Com ideias novas, cansada, mas cheia de vontade de voltar a escrever, e como dizem os nossos amigos Brasileiros, "mi aguardji"!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

devaneios

Ao telefone. Foi assim que o meu cérebro parou ao ver uma estrela cadente.
O desejo que pedi foi banal, simples de realizar...no entanto, o arrepio de que o meu corpo foi alvo, a tontura e o mal-estar, fez tudo parecer real.
Aquilo que nos acontece na vida, não escolhemos. Não controlamos. Não assimilamos nem entendemos.
Mas nós mandamos na nossa vida, no que acontece connosco...
Até que ponto, pergunto, até que ponto?
Como deixamos que alguém se sobreponha ao que nós queremos, á nossa definição de felicidade? Á quilo que nós sabemos que nos vai fazer feliz?
É difícil... É "estúpido"... E dói tanto!
Dói quando sorrimos, e quando andamos, e quando respiramos, quando pensamos. Dói por tudo, dói por nada. Dói por se derramar lágrimas, e por não se perceber se as lágrimas são por não ter vencido, ou por não lutado.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

30 de Julho de mil novecentos e vinte cinco, há oitenta e quatro anos..

Hoje, uma pessoa muito especial faz anos.
Estivesse ela na Ásia ou na América, ou em Plutão, lembraria-me desta data.
Lembraria-me pela pessoa que é, pelo que simboliza, pelo que acredita...pelo sorriso que transite a todo o momento, e por mesmo inconscientemente me dar força para viver cada dia.
Gosto de falar contigo, de estar contigo, de partilhar através de olhares e de risos até o mais intimo dos meus segredos!

E toda a magia que envolve esta relação é música, é cultura, é aquilo que eu, daqui a muito tempo, espero transmitir a filhos, netos...

Hoje, desde sempre e para sempre, arrepio-me de falar contigo, e assusta-me pensar em quando isso não puder mais acontecer, mas sempre permanece a esperança no facto de ainda faltar muito tempo...


Resta-me dizer, do fundo do coração, e com a maior sinceridade do Mundo,


PARABÉNS, AVÔ!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Luz

A lua toca-me a face através da janela entreaberta. Reflecte na minha mão uma luz branco – prata, gélida mas reconfortante.
Dou voltas e voltas...ao olhar para o céu, penso em todos os desejos já pedidos, não cumpridos, contidos em tão grande imensidão negra. A vontade de me levantar e olhar (mesmo só um nadinha) mais de perto, vence a preguiça. Rumo ao nada, avanço, e deixo-me levar pelo escuro, sempre em busca da luz...
Ela não chega. Mas a busca faz-me andar, pensar, comunicar, viver.
Faz-me não olhar para traz e pensar só no presente...
E pelo caminho há obstáculos. Há coisas que temos de ultrapassar. Coisas que nos tentamos vencer, esquecer, ou ignorar. Coisas que parecem quase perfeitas mas que não resistem a “quase nada”.
E são essas coisas que nos derrubam, e nos puxam para cima, que nos vencem, mas que depois se dão por perdidas. Que nos fazem esquecer tudo, e que nunca nos abandonam...que são as primeiras a ir embora. São um sorriso transformado em lágrimas, e felicidade transformada em cobardia.
São isto e aquilo, são coisas da vida. Da busca por luz.

domingo, 26 de julho de 2009

English: the unversal language

O Mundo tem muitos Países, desde o Pólo Norte ao Pólo Sul. Da Ásia à América, em cada recanto deste Planeta há diferentes culturas, pessoas, raças, e também diferentes línguas. E o que acontece quando essas diferentes pessoas se encontram? Quando sentem a necessidade de comunicar? Há várias hipóteses... Podemos fazer como se nada acontecesse, e ignorar que alguém não fala a mesma língua que a nossa... ...ou Falar Inglês!Língua Indo-europeia, pertence ao ramo das línguas Germânicas. Algumas ceitas chamam-lhe a "língua-pura", por não derivar do Latim, e praticamente todos os países do Mundo detêm o Inglês como Segunda língua oficial. E com o "English" falamos com (praticamente) toda a gente! Trespassamos a barreira "linguagem diferente" com algumas horas perdidas durante a nossa vida escolar, ou extra-curricular a aprender a língua de Shakespeare, Agatha Christie, Herbert Spencer, entre outros. Comunicamos, alargamos conhecimentos, e treinamos a nossa "pronunciation". Às vezes, não temos consciência disso, e é preciso passarmos por situações para entendermos que o Inglês é, sem dúvida, a base para que sejamos pessoas activas nesta Aldeia Global!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Resumo de um ano de 10 B

Com uma cor de verão, um sorriso com cheirinho a 9º ano, e sem pára-quedas aberto, aterrámos no 10ºano...mais precisamente no 10ºB.
Provenientes dos mais diversos recantos do concelho, e também da cidade, pouco a pouco fomo-nos conhecendo... descobrimos juntos o significado “prático” da palavra “secundário”...de mãos dadas, ultrapassamos as barreiras que dentro e fora da sala de aula foram surgindo!
Passo a passo, os bancos foram acompanhando o nosso percurso.
Com a gargalhada sempre constante, o tempo foi passando...veio o Natal a prenda “alergica”...e depois em Janeiro tivemos uma “molhada” visita a Torres Novas... uma curta, e divertida viagem onde ficou bem definido que nós fazíamos falta uns aos outros...
E nos testes, nos intermédios, nas experiencias feitas nas aulas praticas, e nos “mini-debates”, nas palestras a que assistimos, sempre deixávamos o nosso toque!
E o tempo voava...as peripécias e as brincadeiras eram constantes, crescíamos a cada dia, a cada situação, a cada gargalhada...
Fomos a Lisboa ouvir Poesia e andar num “veleiro cacilheiro”. Fotografamos as belas paisagens do rio Tejo... divertimos-se no Vasco...e já estávamos na Pascoa!
Depois, o acampas’09, com charrrnecos, gosté demais! O estorrrninho, e as acções...
Crescemos mais que em outro lugar...desenvencilhamo-nos sozinhos, divertimo-nos mais que em qualquer outro lugar, conhecemo-nos melhor, e tanto mais há a dizer...
Veio o sol, a primavera, e as “surpresas” caídas do céu nas cadeiras e em cima de alguns...áh e testes, e “molhas”, as preparações para o “1º espectáculo del Español”.
O suspanse em relação à data final das aulas, e a decisão de ser no dia 15 de Junho..as saudades que começavam a surgir, antes de tudo acabar...
Nesta luta, muitos venceram, mas outros ficaram pelo caminho, e mudaram de rumo, não vão acompanhar o “batalhão” que seguirá para o 11º...e ainda há a batalha da Cátia e da Cristiana, que cada dia nos ensinam tanto, e que também vão vencendo, pouco a pouco, a guerra.
Desde o “Vale das Mós” a Montalvo, passando pelas Arreciadas, pela Agua Travessa, Bemposta e por São Facundo, Abrantes, Rossio e Cabrito, Alferrarede, Chainça Sentieiras e Casais, Rio de Moinhos, Abrançalha, e até Sardoal, Portalegre e Cebolais... todos deram um pouco de si, para receber um pouco de nós!
Terminou...o 10 º ano, esse e este, já lá vai, agora, com tudo isto bem guardadinho no coração, e revivido sempre que falamos do que passou, seguimos em frente, sempre com tanto na memória, sempre com a certeza que este foi um dos momentos mais importantes de todos...um dos momentos que mais contribuiu para sermos “que somos”!

A todos, GRANDE OBRIGADA,

Eternamente, 10ºB
Tudo não passava de papeis soltos, folhas de caderno com gatafunhos, pontos de vista guardados e discutidos com amigos, conhecidos, desconhecidos.
Até que alguem sugeriu um blogue!

Uma ideia que foi crescendo, amadurecendo...e que nasceu! Aqui está ela...
Para dar uso a todos os textos, e a todas as ideias...para que este gosto por discussões e por letras não se perca...

Bem-vindos!