quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Fado

Das palavras mais Portuguesas que há. Arrepia só de pensar. Fado. Destino. Saudade. Não há tradução possível. A nostalgia que assola um Português é unica de muitos pontos de vista.
Temos saudade do Verão e do calor.
Da infância.
De pessoas.
De músicas.
De momentos.
De tudo e mais alguma coisa.
E quando brincamos com uma criança, quando ouvios "aquela musica", quando temos  a mesma sencação que "nequele momento"...
E saudade também nos lembra despedida.
Algo a acabar, e algo a começar.
Ou simplesmente algo que gostavamos de ter sempre por perto, mas que por isto ou aquilo, não está.

Saudades...

sábado, 24 de outubro de 2009


"Incendeiam-me ainda os beijos que me não deste
E cegam-me ainda os acenos que me não fizeste
Da janela irreal onde o teu vulto é uma alucinação dos meus sentidos."



Miguel Torga

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Branca De Neve

Toda a gente conhece a história. Um clássico banal da Walt Disney, imaginada inicialmente pelos irmãos Grimm.
Os mesmo olhos podem ver a mesma coisa, e tirar uma... intrepretação diferente. Netos, e avós, ao verem   o filme tiram uma Moral refexo da vida que cada um deles leva, da visão que cada um deles tem do mundo.
A Branca de Neve pode ser a inocencia e o amor mais puro. A maçã, o Proibido, a bruxa, o mal, os anões a ingenuidade, e princípe, o plano imaginário projectado no real.
E tudo corre bem...
Até que a vida, com as suas artimanhas cruzadas dá um toque trágico ao conto infantil.
Branca de Neve, nunca chega a morrer, porque a vida com todo o seu toque malício nada consegue fazer à inocencia e ao amor mais puro se não adormece-la. E só as pesoas ingénuas acreditam que Branca de Neve morre."Coisa forte predura". E nem a situação mais proibida e ambigua que surgue impede a realização do que o destino já predestinou, nem o mal, detém o que não é palpável, o que só os sentidos detectam..
E só quando transpomos o que sentimos na realidade é que desperta de um sono provocado por uma malévola linha do destino.
E aí, o feitiço quebra-se!
"E viveram felizes para sempre..."

sábado, 17 de outubro de 2009

"ESTE VERÃO, QUERES SER SEREIA OU BALEIA?"

Há uns dias, numa cidade de França, um cartaz, com uma jovem espectacular, na montra de um ginásio, dizia: "ESTE VERÃO, QUERES SER SEREIA OU BALEIA?"
Dizem que uma mulher jovem-madura, cujas características físicas não interessam, respondeu à pergunta publicitária nestes termos:
"Estimados Senhores:
As baleias estão sempre rodeadas de amigos (golfinhos, leões-marinhos, humanos curiosos). Têm uma vida sexual muito activa, engravidam e têm baleiazinhas ternurentas, às quais amamentam.
Divertem-se à brava com os golfinhos, enchendo a barriga de camarões. Brincam e nadam, sulcando os mares, conhecendo lugares tão maravilhosos como a Patagónia, o mar de Barens ou os recifes de coral da Polinésia.
As baleias cantam muito bem e até gravam CD's. São impressionantes e practicamente não têm outros predadores além dos humanos. São queridas, defendidas e admiradas por quase toda a gente.
As sereias não existem. E, se existissem, fariam fila nas consultas dos psicanalistas, porque teríam um grave problema de personalidade,
"mulher ou peixe?".
Não têm vida sexual, porque matam os homens que delas se aproximam, além disso, por onde? Por isso, também não têm filhos. São bonitas, é verdade, mas solitárias e tristes. Além disso, quem quereria aproximar-se de uma rapariga que cheira a peixaria?
Para mim está claro, quero ser baleia.
P.S.: Nesta época em que os meios de comunicação nos metem na cabeça a ideia de que apenas as magras são bonitas, prefiro disfrutar de um gelado com os meus filhos, de um bom jantar com um homem que me faça vibrar, de um café e bolos com os meus amigos.
Com o tempo ganhamos peso, porque ao acumular tanta informação na cabeça, quando já não cabe, espalha-se pelo resto do corpo, por isso não estamos gordas, somos tremendamente cultas. A partir de hoje, quando vir o meu rabo no espelhos, pensarei, Meu Deus, que inteligente que sou..."

(enviado por e-mail)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Imortalidades

Vê-se uma luz. Quando fechamos a mão em torno dela, ela desaparece, e como que por magia brinca connosco á apanhada. Em poucos segundos estamos na infância de novo. As remotas lembranças das idas a casa da avó, os "flashback's" de momentos que ficarão para sempre... Já não são só fruto da nossa memória mas também da memória dos pais e da familia, que contam cada episódio como se tivesse acontecido ontem.
Ri-mos, embaraçados pela situação pela qual passamos, e achamos um certa "piada" á coisa.
Depois, mais tarde, é sozinhos que refectimos.
O quão bom era não fazer nada e chegar cansado ao fim do dia. Sonhar com borboletas e com fadas. Querer viver na "Terra do Nunca", ser amiga da Julieta, e limpar com a Branca de Neve a casinha dos 7 anões. Beber o leitinho em chávenas que falam pelos cotovelos, ter o "Hacunna Matata" como lema de vida, e a Barbie e o Nenuco como melhores amigos.
Ter tudo sem esforço, fechar os olhos e estar em lado nenhum. Ser e não ser a coisa mais doce do Mundo. Ter um sorriso por "nada". Brincávamos com as coisas mais simples, e nunca deixavamos nada por fazer!

"Não apanhavamos a luz." "Não!? Porquê?"

sábado, 10 de outubro de 2009

A VIDA É MUITO - CHARLIE CHAPLIN

Já perdoei erros quase imperdoáveis
Tentei substituir pessoas insubstituíveis
E esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
Já me decepcionei com pessoas
Quando nunca pensei me decepcionar
Mas também decepcionei alguém.
Já abracei para proteger,
Já dei risada quando não podia,
Fiz amigos eternos,
Amei e fui amado,
Mas também já fui rejeitado,
Fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
Já vivi de amor e fiz juras eternas,
"Quebrei a cara" muitas vezes!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
Já liguei só para escutar uma voz,
Me apaixonei por um sorriso,
Já pensei que fosse morrer de tanta saudade
E tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).
Mas vivi! E ainda vivo!
E você também não deveria passar.
Viva!!!
Bom mesmo é ir a luta com determinação,
Abraçar a vida e viver com paixão,
Perder com classe e vencer com ousadia,
Porque o mundo pertence a quem se atreve
E a vida é MUITO para ser insignificante.


(Só a colorido se pode ler, o que de mais colorido a vida tem)

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Memórias de passeios de Verão

As linguas,( mais uma vez falo delas) têm uma musicalidade própria... o Italiano em especial,  tem a musicalidade que mais "cócegas" faz, porque só de a ouvir ficamos com um sorriso na cara. Este poema é de Césare Pavese, natural de Santo Stefano Belbo, Itália ...Uma mistura de Presente com passado, dado-me a conhecer na Fundação Kulbenkian numa das suas maravilhosas iniciativas. "E se num jardim hovesse toldos de poemas a fazer sombras?!"


Desenraizados


Chega de mar. Já vimos mar que chegue.
Ao entardecer, quando deslavada a água se estende
e esfuma no nada, o meu amigo olha-a fixamente
e eu fixo o meu amigo e nenhum de nós fala.
Chegada a noite, acabamos por nos fechar nos fundos duma taberna,
perdidos no meio do fumo, e bebemos. O meu amigo tem sonhos
(o bramir do mar torna os sonhos um tanto monótonos)
em que a água é apenas o espelho, entre uma ilha e outra,
que reflecte colinas salpicadas de flores selvagens e cascatas.
Quando bebe, dá-lhe para isso. De olhos postos no copo,
vê-se a erguer colinas verdejantes sobre a planura do mar.
As colinas, a mim agradam-me; e deixo-o falar do mar
porque a água é tão clara que se vêem mesmo as pedras do fundo.
Eu, o que vejo é só colinas, e enchem-me o céu e a terra
com as linhas nítidas dos seus perfis, distantes ou próximas.
Mas as minhas são agrestes, estriadas de vinhedos
que crescem penosamente num solo calcinado. O meu amigo aceita-as
e quer vesti-las de flores e frutos selvagens
para nelas descobrir, entre risos, raparigas mais nuas que os frutos.
Não é preciso: aos meus sonhos mais agrestes não falta umsorriso.
Se amanhã, cedinho, nos metermos ao caminho,
poderemos encontrar nessas colinas, no meio das vinhas,
uma rapariga de pele morena, tisnada pelo sol,
e, talvez, metendo conversa, comer-lhe algumas uvas.

trabalhar cansa
trad.carlos leite
cotovia
1997



segunda-feira, 5 de outubro de 2009

E-mail

Há mail's que nos enviam por isto, ou por aquilo, e outros que nos enviam só por enviar. Destes útimos, instintivamente fazemos "delete" nos mais óbvios motivos de aborrecimento.  Se o titulo não é sujestivo, se não nos desperta à atenção..Lixo! Mas depois há outros... acordam o nosso insinto, fazem com que cliquemos na janelinha "Abrir", e que disfrutemos dos momentos de riso, melâncolia, felicidade ou qualquer outra coisa, seja o que for, e nos colocam numa outra dimensão, um tanto ou quanto fantástica...
E de olhos abertos vamos, sem sair do conforto do nosso lar, daqui até à China, a um museu, ao encontro de uma História "que fica na história da gente". Umas vezes o intuito é de chocar, outras de emocionar.
E também há vezes que fazemos "esc" antes da apresentação acabar, porque esta não captou em nós o "bichinho" necessário para continuar, seguir em frente.
É este, também, o Poder dos "MEDIA". Nem sempre convence. Nem sempre despeta a atenção necessária. Mas sempre chega até nós, quer queiramos, quer não..Porque tal como os amigos que nos enviam mail's, também os meios de comunicação social são essenciais na nossa vida!

Estamos no Século XXI, é inegável!!!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

"TEMPO QUE ME RESTA"

Cada pessoa tem estilo próprio. A partir de certa idade, o estilo começa a ser o do "deixar andar".
Para quê comprar uma tv nova, se esta chega para o tempo que me resta? Para quê sair de casa e conhecer sitios e pessoas novas, se estas que tenho chegam bem para o tempo que resta?
Com os meados do século XX, veio também um novo conceito. O conceito "qualidade de vida".
É por isso que, falte o tempo que faltar, vale sempre a pena.
Ontem ouvi da boca do meu avô "claro que quero ser (operado a vista esquerda, por esta estar parciamente cega, devido a cataratas), pior não fico, pois não?!". A probabilidade de tudo ficar na mesma era grande. Mas foi esta a resposta que ele deu.
Ontem disse que as luzes pareciam maiores. Hoje sorriu como há muito não o via sorrir quando perguntei como ia o olhar novo.
Ele está lucido, (para os que pensam que isto é conversa de velho senil!) e eu todos os dias aprendo mais qualquer coisinha com ele...
Se a lição de ontem foi "O medo não leva a lado nenhum"...
...a lição de hoje foi "Tudo vale a pena.."