quinta-feira, 30 de junho de 2011

As conclusões óbvias de um episódio mal esclarecido são isso mesmo, óbvias. Que de tão óbvias se tornam imprevisiveis... E depois, a memória apaga o que não queremos. O corpo adapta-se a uma realidade fingida, adaptada ao real sonho que se vive contraposto ao inconsciente facto da verdade. Pode não ser um dia. Pode não ser nunca, e também pode ser todos os dias, tornando assim banal a sensação.
E pode ser que não. Mas é capaz de existir um momento em que a necessidade de respostas surja num patamar que não exija somente o esclarecimento...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Vi, gostei, e decidi partilhar:

"E assim depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar, decidi não esperar pelas oportunidades, mas sim, eu mesmo buscá-las. Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução. Decidi ver cada deserto como uma oportunidade de encontrar um oásis. Decidi ver cada noite como um mistério a resolver. Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz. Naquele dia descobri que o meu único rival não era mais do que as minhas próprias limitações, e que enfrentá-las, era a única e a melhor forma de superá-las. Naquele dia descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tivesse sido. Deixei de me importar com quem ganha ou perde. Agora importa-me, simplesmente, saber melhor o que fazer. Aprendi que o difícil não é chegar lá acima, mas sim, deixar de subir. Aprendi que o melhor triunfo é poder chamar alguém de "amigo". Descobri que o amor é mais do que um simples estado de enamoramento, é uma filosofia de vida. Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser uma ténue luz no presente. Aprendi que de nada serve ser luz se não se iluminar o caminho dos demais. Naquele dia, decidi trocar tantas coisas... Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para se tornarem realidade. E, desde aquele dia, já não durmo para descansar. Simplesmente, durmo para sonhar."

Walt Disney

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A vantagem de estudar a sentir o vento é pouca.
Ou talvez não. Não folhas que falam de Alvaro de Campos, desenho rabiscos euforicos de uma forma desmedida: surge o implulso para escever.
As gentes desconhecidas expiram, mas não inspiram mais do que uns ligeiros devaneios. Quem são? De onde vêm?
Um grito alegre e genuino corta a atenção.
Ele conseguiu. Comprou uma mala vermelha para ir para a praia.
Os seus paços, devido aos sapatos grandes, soam a saltos de alegria. E agradeceu a ajuda.
A seguir a intuição diz-me que vai agradecer a mais umas quantas...Com uma alegria tão genuina que vai deixar todos os que antes se riram e voltaram costas cheios de inveja.
É assim a vida sensacionista de quem sente sem pensar devido ao "fatum" egoista de uma  sensacionisticamente sociedade industrializada que todos anseiam modificar.
E hoje, ele mostrou ser feliz. Foi o único. É o unico, desde há muito tempo.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Fim do principio

Ouve alturas em que apeteceu correr. Outras, desistir. Houve momentos de inspiração e de resignação. E até ouve quem desistisse!
Calculámos tudo o que havia para calcular, e agora alguém nos vai dar a soma de todas as partes equacionadas ao longo de todo este tempo: horas de estudo, dias de cansaço e resignação. Momentos em que ninguém acreditou, e em que tivemos de acreditar. Sozinhos, uns com os outros.

Mas não, não foi sempre assim. Houve lutas por coisinhas pequenas, que nos fizeram alcançar grandes coisas. E os bancos azuis, a quem confessamos as piadas, os disparates... Rostos que nos momentos mais dificeis estiveram à distância de um telefone, de uma ida à net, com quem partilhamos duvidas, certezas e novidades.
E ouve momentos dignos de descrição, que fazem hoje parte de um "livro" que se foi vivendo.

Daqui a uns anos, recodaremos isto tudo, e memórias darão lugar a saudades. E com o tempo que passou, iremos dar valor a coisas que não demos, e desvalorizar outras...perto ou longe uns dos outros, perto de caras novas, contaremos as nossas historias. Que ainda mal começaram!

O 12º ano de 2011
Liceu

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Criança, por Pessoa

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D.Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,

Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"