terça-feira, 28 de julho de 2009

Luz

A lua toca-me a face através da janela entreaberta. Reflecte na minha mão uma luz branco – prata, gélida mas reconfortante.
Dou voltas e voltas...ao olhar para o céu, penso em todos os desejos já pedidos, não cumpridos, contidos em tão grande imensidão negra. A vontade de me levantar e olhar (mesmo só um nadinha) mais de perto, vence a preguiça. Rumo ao nada, avanço, e deixo-me levar pelo escuro, sempre em busca da luz...
Ela não chega. Mas a busca faz-me andar, pensar, comunicar, viver.
Faz-me não olhar para traz e pensar só no presente...
E pelo caminho há obstáculos. Há coisas que temos de ultrapassar. Coisas que nos tentamos vencer, esquecer, ou ignorar. Coisas que parecem quase perfeitas mas que não resistem a “quase nada”.
E são essas coisas que nos derrubam, e nos puxam para cima, que nos vencem, mas que depois se dão por perdidas. Que nos fazem esquecer tudo, e que nunca nos abandonam...que são as primeiras a ir embora. São um sorriso transformado em lágrimas, e felicidade transformada em cobardia.
São isto e aquilo, são coisas da vida. Da busca por luz.

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