segunda-feira, 25 de abril de 2011

sábado, 23 de abril de 2011

O Erro

Havia um velho na rua. E eu olhava o velho
Dantes, carregavas num botão e o mecanismo accionava-se automaticamente. Agora, o botão não reage. Cobardemente, nunca revelaste a localização do botão, e eu também nunca a quis saber. Não o queria desligar, mas também não queria ligar. Olhei de relance para o velho, mas ele parecia adormecido a olhar para o nada. Incessantemente, fugia sem sair do mesmo sitio, cambaleava nas sombras da noite - tudo por causa do Erro - que me fazia esconder a face até da sombra da Lua Nova, que me fazia andar sem olhar em frente. E pensei em apagar o Erro. E cheguei a conseguir escondê-lo. Andava de cabeça erguida, mas não sabia quem andava. (E o velho olhava...) Vagueava ao sol, sem sal, nem sabor, nem cor. E o velho na rua, aproxima-se. E eu fujo para apagar, fujo para não encontrar, fujo para não recordar. E apago, e não encontro, e não me lembro. E descubro que não sou ninguém. E olho para o velho. E o Erro faz-me encontrar o botão. E encontro o passado no meu presente. Mas já não encontro o Erro.


(inspirado na conversa com o amigo A.O., criador da Borracha que apaga o passado)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Podia ter festejado o visitante numero 2000. Ou o centésimo post. Ou Sétimo comentário. Mas não o fiz. Porque as coisas se fazem uma de cada vez, e quando se pode. E ultimamente as coisas chamadas palavras, não têm conseguido sair. Culpa minha, que não as levo a passear para os dedos, e as exponho aqui. Culpa do tempo, Culpa de ninguém. Ou talves, culpa da vida. Que cansa, canta e encanta, nos leva e tráz, envolve e diz "és capaz". Que se esquece de avisar do futuro dos 5 minutos a seguir, e depois, nos faz desistir. Pensa que se interpreta meias palavras, mas com um "meio pé", é sempre dificil caminhar. Nunca é fácil chegar.

segunda-feira, 4 de abril de 2011