quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Regresso

Primeiro, há um nó na garganta. Depois, um vazio. E a seguir, um arrepio. É pedido ao coração um abraço. Um entrelaço de olhares, de dedos, de sonhos, de gente. Espera-se, espera-se, mas não vem. Dias passam, e a perna que está no futuro puxa a do passado, e ficamos sem saber em que tempo estamos. Desorienta-se a linha que delinavamos para a vida, e desorientamo-nos.
Num limbo, vivemos cada dia, cada hora. Uma corda bamba de emoções.
Alguém rouba o que temos. Não devolve, não deita fora para alguém apanhar e devolver, não usa, simplesmente fica com ele.
E em cada olhar, mostra orgulhosamente o que tem. Devolve por momentos cada pedaço de nós.
E volta o nó na garganta. E não conseguimos dizer nem pensar mais nada...

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