segunda-feira, 7 de junho de 2010

Adultos de crianças

O tempo saltitava entre gélidas noites, e reconfortantes dias. Era um tempo instável e emocionalmente desconcertante. Um tempo que fazia chorar e rir à gargalhada, que dizia "festa" , ou sussurrava "melancolia".
O tempo, esse tempo desconcertante, passava por entre as entranhas dos habitantes daquele povo, e deixava em cada entranha do ser, um pouco de tudo o que o Mundo tem.
Passo a passo, construía-se então, um povo do Mundo, um povo que absorvido pelo tempo desconcertante, ficava com um pouco de tudo, pela metade. Saiba falar de todas as terras, lugares, sabores, culturas, mas não lhe conhecia o cheiro, o sabor.Sabia reconhecer idiomas, línguas, mas não os sabia falar.
Num dos tempos desse tempo, veio vindo da lua ou de outro lugar distante, ninguém soube ao certo, um vento de aventura. E nesse povo do Mundo, que em tanto  se achava dono de tudo, descobriu de novo a curiosidade de conhecer. E um dos rostos desse povo, deixou de ser rosto e passou a ser pessoa. Ganhou identidade, e ficou a conhecer por si as maravilhas do mundo. E o Mundo deixou de ser do povo. E nasceu um novo Mundo, o seu mundo.
E assim, o Homem e a Humanidade começou a pensar. Por si. Pensar por si.

Sem comentários:

Enviar um comentário