terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Impulsos

Salta-me à memória o dia em que conheci os refegos das tuas mãos, e através delas partilhamos os mesmos impulsos nervosos.
Éramos duas crianças a brincar aos adultos, sem saber que a vida nos ia fazer cair uma e outra e tanta vez.  Não sei se lutamos pouco ou se no fundo não havia nada para lutar. Fizemos o nosso destino uma, outra, e outra vez. Cega-nos hoje as lembranças de um passado que teima em tocar no presente e que o nosso próprio bem deve ficar no passado.
Bem lá atrás, escondido nas memórias felizes e fugazes com que fomos presenteados. Porque o que importa não precisa de ser longo ou duradouro. Existiu, e isso irá alimentar as nossas almas até um dia, noutra vida quem sabe, ficarmos juntos para sempre.

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