quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Tropeço

E de tanta vez que tropeçamos um no outro, fica a dúvida se não era o caminho ou se fomos nós que mudamos as encruzilhadas que nos estavam destinadas.
Agora já longe, aparecem as questões a que nunca vamos saber responder. Como teria sido o futuro, agora nosso presente? Onde estaríamos? Quem seríamos?
Vem o café, o fino e a imperial, uma e outra vez. Nasce a conversa como as cerejas no inicio da primavera, a maturar vários assuntos em simultâneo. De quando em vez, é golo e muda-se de assunto, e cai um silêncio onde falam os olhares que brotam as memórias passadas projetadas na vidraça. Vêm à memória números, encontros fugazes, noites frias passadas ao luar, catapultas de conversas que foram pontos de partida para tantos sonhos...
E é golo de novo. Cruza-se o olhar como outrora se cruzou o caminho, fixa-se o vazio á espera que o olhar se desvie para não encontrar no fundo da alma mais Estórias que ficaram esquecidas e perdidas no tempo.
E o tempo petrifica. Percebemos que assim que nos cruzamos, tu a tremer de frio eu com o coração a saltar, que não interessava se os detalhes tinham ficado no passado, porque o essencial continua a ser presente. Tropeçamos um no outro. Seguimos ou ficamos?

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