quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Catapultas

Quando o Mundo ainda não era o mundo que hoje em dia conhecemos, quando o ser Humano era primitivo em muita coisa, e sincero em tudo, alguém inventou a catapulta.
Agora, tantos milhares de anos depois, seria um meio de transporte óptimo para uma escapadinha do mundo. Viajar em queda livre pelo mundo, pelo sistema, pela galáxia. Com uma catapulta, sairíamos de casa sem nessecitar de esforço, sem o barulho de carros, sem o medo e o desconforto de aviões, barcos, ou outros meios de transporte. Seria a liberdade, enfim, na sua expressão mais natural e primitiva.
Seria depois, aterrar num Mundo de sonhos, viver em nuvens de algodão doce ( tão banal, e tão reconfortante), e seria também ter uma máquina do tempo, que andaria no propósito inverso da felicidade. Quando ela era muita, o tempo quase parava, vagueando por entre sorrisos, loucuras e amor. Quando não era assim tanta, a máquina ganharia velocidade, perderia travões. Até a boa energia a abrandar outra vez.
Seria assim, mais ou menos o Mundo perfeito. Quotidiano, mas com catapultas para o Mundo de Sonhos, e sempre que alguém tivesse a monotonizar e esquecer o verdadeiro propósito da vida, a catapulta primitiva puxaria-nos para o interior de nós, e saberíamos quem nós somos. Sempre que fosse preciso, sempre que a catapulta aparecesse.

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